Prof. Gina Mª Imbroisi Teixeira
Inicia-se aqui os relatos das aulas práticas de regência em Língua Inglesa. O estágio começou tardiamente, diferentemente do restante da turma. Por inúmeros motivos, o período compreendido para estágio regulamentar que seria de 29/04/2013 à 07/06/2013 ocorreu apenas no período de 27/05/2013 à 05/06/2013. O tempo foi condensado, mais a prática pode ser desenvolvida como planejada.
Como foi estabelecido pela coordenação da universidade, até dois graduandos poderiam estagiar numa mesma escola, vista a dificuldade para se encontrar instituições que aceitem o nosso trabalho.
Dividi meu trabalho com a colega Izabela Guerreiro, que já trabalha na instituição que estagiamos e por isso nosso ingresso foi facilitado.
O Centro Educacional Carlo Novarese fica situado em uma região
periférica de Salvador, e por sua localização atende a alunos ali mesmo daquela
região e bairros entorno. Sendo assim o perfil socioeconômico dos alunos
acompanha a realidade de periferia, convivendo de perto com a violência, e
outras práticas não saudáveis para jovens em formação observa-se como resultado que o meio promove o índice altíssimo de
semianalfabetíssimo, repetência, má formação e consequentemente um baixo nível
de alunos inseridos em universidades, quando esses resolvem continuar seus
estudos, complicando assim seus futuros profissionais.
Não souberam nos precisar quantos alunos têm hoje a instituição, já que
a evasão escolar é grande, (mais se acredita que seja por volta de 400,
distribuídos em dois turnos, matutino e vespertino). A escola atende alunos do 1º
ao 9º ano sendo que até o 5º ano (4ª série) oferece turno integral para as
crianças.
No tocante ao espaço físico a instituição dispõe de quadra esportiva e pátio. As salas de aulas são amplas, porém
seu estado de conservação é lastimável com número de carteiras insuficiente
para todos os alunos e as que têm ainda estão quebradas e não acomodam
devidamente os alunos.
Os quadros das salas já estão muito velhos e com
manchas, o que dificulta muito enxergar o que o professor escreve; a iluminação
precisa de reparos com urgência, bem como as instalações sanitárias. O
bebedouro não funciona (os alunos precisam trazer água de casa), as paredes
estão descascadas, sujas e rabiscadas, não há portas em todas as salas e com o
barulho do corredor torna-se impossível uma aula produtiva.
O que mais
impressiona é a sujeira em todo o corredor do fundamental II, alunos soltos sem
controle e ao que parece a direção se acomodou com a situação achando tudo
normal simplesmente por se tratar de alunos de periferia.
A instituição possui
ainda espaços que poderiam contribuir ainda mais para o aprendizado dos alunos
como biblioteca, laboratório e computadores parados há mais de dois anos e que
não foram instalados por que a Prefeitura não enviou um técnico.
No tocante a
equipamentos para aprendizagem de Língua Estrangeira, a instituição não conta
com praticamente nenhum que possa ser utilizado em sua plenitude. Há apenas um
aparelho de TV na biblioteca para toda a escola, ficando o professor
restringido a dar aulas sempre da mesma forma, ou seja, quadro, piloto e muita
oratória. O uso desses espaços é dificultado ou até mesmo impossibilitado porque
segundo os professores os alunos não sabem conservar e desfrutar destes bens
que a instituição oferece.
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